quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Diretório Acadêmico da Faculdade de Educação - DAFE

Por uma Educação Pública de Qualidade: 10% do PIB já!
A política econômica definida pelo governo federal acaba de levar um corte de 50 bilhões nos gastos com políticas públicas no orçamento deste ano; destes, 3.1 bilhões da educação. Enquanto isso, esta mesma política econômica do governo assegura ajuda a grandes empresas, para as quais, em benefícios e isenções fiscais, transferiram, só no ano passado, 144 bilhões de reais, conforme informações do TCU (Tribunal de Contas da União). Mais de 40 bilhões é a previsão inicial de gastos com as grandes empreiteiras para as obras da Copa e das Olimpíadas. Entre 1° de janeiro e 17 de junho deste ano, o governo federal já gastou 364 bilhões de reais com juros e amortizações das dividas externa e interna (51% de todos os gastos do governo neste mesmo período). É dinheiro que sai da educação, da saúde, da moradia, para aumentar os lucros dos bancos e grandes especuladores.
Você já imaginou se todo esse dinheiro que é dado aos bancos e às grandes empresas fosse usado para melhorar a vida do povo? O quanto poderiam melhorar os salários e as condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras com educação, saúde, moradia e salário digno para tod@s? Porém, a ganância dos patrões, a política econômica que vem sendo praticada pelos governos nada contribui para a real necessidade da população.
E assim, reafirmamos que nós estudantes carregamos ao lado d@s trabalhado@s, movimento social e popular e movimento sindical a bandeira histórica por educação pública de qualidade e exigimos do governo Dilma a aplicação imediata dos 10% do PIB pra Educação Pública Já!

Por uma Pedagogia Noturna e pelos 10% do PIB para a Educação!!!
"A educação é um direito fundamental, e pode ampliar a leitura de mundo e se comprometer com uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta d@s trabalhador@s na constituinte buscou assegurá-la como “direito de tod@s e dever do Estado”. No entanto, o Estado brasileiro não cumpre sua obrigação Constitucional. O Brasil possui mais de 14 milhões de analfabetos totais e o dobro de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE) – cerca de um quarto da população está alijada de escolarização mínima. Esses analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo e da cidade, notadamente negr@s e demais segmentos hiperexplorad@s da sociedade. As escolas públicas – da educação básica a superior – estão sucateadas, @s trabalhador@s da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é localizada e pífia.
O Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (1997), a partir de um diagnóstico da realidade educacional, indicou metas para a universalização do direito de todos à educação que implicavam em um investimento público da ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7%, percentual vetado pelo governo FHC sendo o veto mantido pelo governo Lula. Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB nacional em Educação. Passados 14 anos, a proposta do governo para o novo PNE em debate no Congresso Nacional define a meta de 7% do PIB para a Educação em... 2020!

Manifesto da Campanha Nacional dos 10% do PIB para a Educação Pública já!
Refletindo a partir do trecho do “Manifesto da Campanha Nacional dos 10% do PIB para a Educação Pública já!”, acreditamos que a mais essencial demanda histórica dos estudantes são os cursos noturnos. A Pedagogia noturna necessita ser discutida para que garanta uma formação de qualidade para @s estudantes trabalhador@s. Pedagogia noturna com qualidade, já!
           
Estrutura
No início do semestre @s calour@s do curso nas atividades de recepção expuseram questões muito importantes: a estrutura física das salas de aula que não dão conta do número de estudantes, salas precárias, etc. Questionaram, assim como nós há algum tempo, como que a terceira melhor Universidade da América Latina não acompanha em qualidade estrutural o número de vagas que passou a ofertar?
Questionamos também ao longo do ano a demissão da professora substituta no semestre 2011/1 no final do período letivo sem inserção de um novo, o que levou a uma avaliação não condizente com o processo realizado pela professora ao longo dos meses de trabalho.

Currículo
No último dia da Semana Acadêmica deste ano tivemos uma Assembléia de Estudantes de Pedagogia que tirou pautas importantes, decorrente das diversas discussões feitas pel@s alun@s, palestrantes e professores. Dentre elas um Grupo de Discussão (GD) sobre Currículo, onde @s estudantes de Pedagogia da UFRGS decidirem construir democraticamente o currículo no qual vão embasar sua prática depois de formad@s e, para isso, estarão compondo esse grupo de discussão pautando as mini-práticas coerentes com a realidade do estudante: como por exemplo, junto às crianças e jovens dos movimentos sociais e populares, junto de comunidades quilombolas e indígenas; e, introdução de disciplinas que dêem conta das demandas atuais: educação ambiental, educação sexual e de atividades práticas corporais.

Assistência Estudantil
A luta pelas creches é fundamental em todos os cursos da universidade, principalmente, dentro de um curso majoritariamente feminino como o nosso. A assistência estudantil é direito de tod@s @s estudantes! É inaceitável que jovens mães sejam obrigadas a largar os estudos por não terem onde deixar seus filhos, que estas sejam expulsas das casas de estudante. Há uma creche da universidade, mas esta suporta apenas filh@s de profess@ e técnico-administrativos – acreditamos que a creche e as vagas precisam ser ampliadas. @s estudantes presentes na Semana Acadêmica concordam conosco e definiram que esta seria uma reivindicação nossa – queremos que esta seja uma luta de tod@s!
Exigimos também o reajuste das bolsas de R$ 380,00 para R$ 450,00 e que estas bolsas sejam ampliadas e sejam de ensino, pesquisa e extensão.
A falta de investimento na educação nos tem prejudicado muito, portanto, acreditamos ser urgente esta mudança. Porém, é a partir da organização e mobilização dos estudantes que essas mudanças serão possíveis! Queremos mais investimento na educação e precisamos lutar por isso.



·         Por uma Pedagogia Noturna de qualidade já!
·         Por creches para estudantes e funcionários!
·         Por um currículo com perspectiva de formação humana.
·         Por bolsas de ensino, pesquisa e extensão para todos @s estudantes.
Que as bolsas administrativas sejam extintas e se realizem concursos públicos para suprir a demanda de técnicos.
·         Concurso público para professores. Respeito docente!
·         Paridade nos conselhos, já!
·         Por investimento público nos projetos de ensino, pesquisa e extensão
10 % do PIB pra educação já: nós não podemos mais esperar!

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